segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Mitologia Grega - Perseu e Atlas.




Depois de matar Medusa, Perseu, carregando a cabeça da górgona, voou sobre a terra e sobre o mar. Ao anoitecer, atingiu o limite ocidental da Terra, onde o sol se põe. Sentir-se-ia feliz de ali descansar até o amanhecer. Era o reino de Atlas, cuja estatura ultrapassava a de todos os outros homens. Possuía ele grande riqueza em rebanhos e não tinha vizinho ou rival que lhe disputasse os bens. Seu maior orgulho, porém, eram os seus jardins, onde frutos de ouro pendiam de galhos também de ouro, ocultos por folhas de ouro. — Vim como hóspede — disse-lhe Perseu. — Se honrais uma origem ilustre, sabe que tenho Júpiter por pai. Se preferes feitos valorosos, sabe que venci a górgona. Procuro repouso e alimento. Atlas, porém, lembrou-se de que uma velha profecia o advertira de que um filho de Jove lhe roubaria, um dia, as maçãs de ouro. — Sai! — retrucou, portanto. — Não serás protegido por tuas falsas pretensões de origem ilustre ou feitos gloriosos. Ao mesmo tempo, tratou de expulsá-lo. Perseu, percebendo que o gigante era muito forte para ele, retrucou: — Uma vez que prezas tão pouco minha amizade, digna-te de receber um presente. E, virando o rosto para o lado, levantou a cabeça da górgona. O corpo enorme de Atlas transformou-se em pedra. Sua barba e seus cabelos tornaram-se florestas, os braços e ombros, rochedos, a cabeça, um cume e os ossos, as rochas. Cada parte aumentou de volume até se tornar uma montanha e (assim quiseram os deuses) o céu, com todas as suas estrelas, se apóia em seus ombros.

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